sexta-feira, 9 de abril de 2010

Vestibulando

Bom, para quem acompanha o blog, não é novidade o fato de eu ser apenas mais uma na multidão tentando vaga em Universidade Pública. Sendo assim, também não será novidade o fato de eu fazer cursinho e estar com a vida pessoal reduzida a migalhas... De qualquer forma, eu resolvi compartilhar com vocês um pouco do que a gente aprende no curso, e o que tão cobrando dos estudantes que ingressam em cursos concorridos.
A redação a seguir foi feita num período de 90 minutos, durante uma das aulas de Reforço para Medicina. O tema era: A relação entre o "Homem e a Natureza". Teminha batido, mas que sempre gera alguma discussão. A dificuldade estava em trazer algo novo no texto, algo que chamasse a atenção. Eu não consegui. Então parti apenas para as especulações, para a discussão entre os prós e contras. Aqui está a transcrição do texto.
O "como"
Desde os primórdios, o desenvolvimento do homem esteve condicionado às transformações na natureza. Entretando, na medida em que fomos adquirindo conhecimento técnico e científico, as interferências humanas tornaram-se maiores, mais invasivas, a ponto de nos fazerem questionar atualmente se também ocorreram da melhor forma.
O domínio da agricultura foi, provavelmente, um dos acontecimentos mais importantes para o surgimento de sociedades organizadas e sedentárias. A partir de então, a natureza passou a ser vista como a fonte básica de suprimento das nossas necessidades, podendo então ser manipulada da maneira que nos conviesse. Até aqui, não há problema algum entre o homem e o meio em que ele está inserido. Mas, se pensarmos numa sociedade com bilhões de pesoas, tecnologia avançada e pouco espaço para abrigar lixo e subprodutos do seu consumo, o caos ambiental em que o planeta Terra se encontra pode ser vislumbrado. Antes, eram alguns milhares de habitantes consumindo alimentos e produzindo, basicamente, lixo orgânico. Hoje temos indústrias poluindo o ar, os rios e o solo, muito material não degradável e outras formas de lixo, como o nuclear. Não seria de se esperar que a própria natureza tivesse recursos para transformar um lixo e uma poluição causados por processos artificiais em produtos reutilizáveis pelos seres humanos.
O que temos até aqui não é uma ode ao mundo sem qualquer desenvolvimento. Afianl, a mesma tecnologia que criou combustíveis derivados do petróleo, ogivas nucleares e máquinas liberadoras de poluentes, criou também os biocombustíveis, que dimunuem a liberação de gases que aumentam o efeito estufa na atmosfera, as vacinas, que permitem a prevenção de doenças, bem como o aumento da nossa expectativa de vida e os métodos contraceptivos, eficinetes no controle populacional e, portanto, no controle do número de pessoas poluindo. Assim sendo, o problema não está no progresso mas na maneira pela qual o utilizamos. Ainda que ideias como o desenvolvimento sustentável tenham sido difundidas cada vez mais nos últimos anos, falta muito para que o uso feito dos nossos recursos se aproxime do ideal.
Homem e natureza estabelecem, ates de qualwuer coisa, uma relação paradoxal. Portanto, seria um tanto maniqueísta classificá-la como de combate ou de harmonia. A maneira mais sensata de analisar a interação entre essas duas partes seria observar as respostas naturais às interferências humanas. "Tsunamis", terremotos, degelo de geleiras, perda de água doce, dentre outros tantos fenômenos mostram que sozinha a natureza não conseguirá equilibrar-se novamente. Cabe ao homem ajudá-la e encontrar uma solução para continuar a se servir da mesma sem o risco de ficar sem recursos um dia.

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